EXPLOSÕES NO IRÃ MATA 103 PESSOAS E DEIXA170 FERIDAS
Duas explosões mataram pelo menos 103 pessoas e feriram 170 perto de um cemitério no Irã onde está enterrado o corpo do general iraniano Qassem Soleimani, morto em 2020 em um ataque com drone pelos Estados Unidos, informaram autoridades iranianas nesta quarta-feira (3). No local estava sendo realizada uma cerimônia em homenagem ao comandante.
A televisão estatal iraniana relatou que a primeira explosão foi a 700 metros do túmulo de Soleimani, e a segunda a um quilômetro de distância, enquanto as pessoas visitavam o local.
A agência Nournews disse que “vários botijões de gás explodiram na estrada que leva ao cemitério”. Uma autoridade local afirmou, segundo a mídia estatal iraniana, que as explosões foram causadas por “ataques terroristas”.
Mas a mídia local também citou o vice-governador para Política e Segurança dizendo que não está claro se o “incidente foi causado por uma explosão de gás ou um ataque terrorista.” Vídeos postados mostraram grandes multidões correndo na área após as explosões.
A TV estatal mostrou socorristas do Crescente Vermelho atendendo os feridos onde centenas de iranianos se reuniram para marcar o aniversário da morte de Soleimani.
“Nossas equipes de resposta rápida estão retirando os feridos. Mas há multidões bloqueando as estradas”, afirmou Reza Fallah, chefe do Crescente Vermelho da província de Kerman, à TV estatal.
Soleimani foi um dos homens mais poderosos do Irã. Ele era chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária, uma unidade de elite que lida com as operações no exterior e foi considerada uma organização terrorista pelos EUA.
O Pentágono diz que Soleimani e suas tropas foram “responsáveis pela morte de centenas de militares americanos e da coalizão e por deixar milhares de feridos.”
Conhecido como o “comandante sombra” do Irã, Soleimani – que liderou a Força Quds desde 1998 – foi o mentor das operações militares iranianas no Iraque e na Síria.
Soleimani foi morto por um ataque aéreo americano ordenado pelo ex-presidente Donald Trump no Aeroporto Internacional de Bagdá há quatro anos. Fonte: cnnbrasil.com.br