Operação federal: 16 empresas do Vale e região foram vítimas de falsa consultoria

Cerca de 16 empresas do Vale do Paraíba estão entre as vítimas de uma falsa consultoria tributária que causou prejuízo de R$ 450 milhões e que também é alvo de uma operação da Receita Federal e da Polícia Federal, realizada na manhã desta quinta-feira (24).
A ação, denominada Operação “Obsidiana”, cumpriu mandados de busca e apreensão em Guaratinguetá. Segundo as informações, a organização investigada oferecia economia tributária indevida e também há indícios de que uma empresa ligada ao grupo tenha sido aberta para dificultar o rastreamento de valores recebidos.
O objetivo desta fase da investigação é reforçar o conjunto de provas relativo a falsa consultoria, que aplicava golpes ao negociar direitos creditórios inexistentes com o argumento enganoso de que estes poderiam ser utilizados para a quitação de tributos federais.
A abrangência das fraudes alcança compensações tributárias de 496 contribuintes de 173 cidades, em 21 estados de todas as regiões do país, no montante de R$ 451.571.960,47.
Oito delas são de São José dos Campos, duas de Taubaté e duas de São Sebastião. Veja a lista completa:
- São José dos Campos – 8 empresas – Prejuízo total: R$6.498.959,67
- Taubaté – 2 empresas – Prejuízo total: R$276.184,56
- São Sebastião – 2 empresas – Prejuízo total: R$1.630.433,68
- Guaratinguetá – 1 empresa – Prejuízo total: R$131.288,96
- Jacareí – 1 empresa – Prejuízo total: R$9.884,90
- Santa Branca – 1 empresa – Prejuízo total: R$36.036,81
- Ubatuba- 1 empresa – Prejuízo total: R$162.926,97
Há suspeitas de que uma empresa (fintech), criada pelo líder da organização, possa ter sido usada para movimentar recursos obtidos com o esquema. O objetivo seria dificultar as ações de ressarcimento por parte dos contribuintes lesados e o monitoramento das operações pela Receita Federal por meio da e-Financeira.
Cerca de 26 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal estão cumprindo 10 mandados de busca e apreensão em residências e em escritórios de investigados e de pessoas ligadas à suposta organização criminosa nos municípios paulistas de Arujá, Bragança Paulista, Guaratinguetá e São Paulo.